sábado, 8 de maio de 2010

A mais forte de todas as mulheres.

Teve o peso do mundo em suas costas e todas as dificuldades da vida em suas mãos. Poderia ela jogar tudo pro alto, botar tudo a perder, mas ela escolheu diferente. Se deparou com a miséria de espírito algumas vezes na vida e com pessoas pobres de coração também, mas nunca desistiu de seus ideias. Lutou, brigou com o mundo. Caiu muitas vezes mas se levantou mais forte. Teve os olhos pesados devido às noites mal dormidas, mas nunca se demonstrou cansada. Sempre em frente, sempre dando a cara a tapas e sempre forte.
E falando em olhos, já os teve molhados de lágrimas de arrependimento, tristeza, e muitas vezes também chorou de felicidade. Vê a vida como ela é, e de uma maneira que só ela consegue ver. Vê graça nas coisas mais simples da vida, mas se irrita às vezes com elas. Fica horrorizada ao ver uma tragédia na TV, mas também se sente aliviada ao me ver chegando viva em casa. Seus olhos enxem de alegria ao me dar um beijo de boa noite ou um beijo de bom dia.
Ela não é fraca, forte demais se for ver pelo seu tamanho. Tem seus sonhos, suas dúvidas sobre a vida, sobre pra onde vamos, mas está sempre certa do que quer fazer.
Entende dos pequenos aos grandes problemas e aceita a condição de eu ser assim como eu sou. Sabe respeitar meus pensamentos, meus sentimentos, e sabe até puxar minha orelha quando estou errada. Aliás, nunca disse que eu estava errada, mas sempre me mostrou o caminho certo em que devo andar. Eu sou eu mesma pra ela, e ela é ela mesma pra mim.
Os seus defeitos que se espelham nos meus defeitos idênticos aos dela acaba nos irritando e nos fazendo brigar, mas no fim das contas tudo sempre vai acabar com gargalhadas e piadinhas sem graça que vão nos matar de rir.
Está sempre ao meu lado, mesmo quando não está por perto. Está sempre me apoiando, até mesmo quando não mereço apoio algum. Ela é fechada às vezes, mas talvez isso seja apenas um motivo pra mostrar que ela realmente se importa.
E ela, bom, ela se chama Maria, Lurdinha, Lurdes, Diva, Mãe... como você achar melhor chamá-la. Eu a chamo de mãe, meu porto seguro, meu muro de maravilhas e meu baú onde guardo todo o amor que dentro de mim pode haver.
E eu, bom, eu só tenho que agradecer por você ser assim, tão fantástica, tão cabeça, e tão VOCÊ.
Obrigada mãe, por nunca ter me julgado, por nunca ter me tirado tudo aquilo que me faz bem. Por me aceitar assim como eu sou e por respeitar o meu jeito de ser. Eu te amo.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Enfim, só. Ou melhor dizendo, infelismente só. Eu não gosto dessa coisa de vai e vem de pessoas que a vida me propôs. Não gosto nada, e não há nada, nem dinheiro algum que me faça gostar disso.
São tardes coloridas que se passaram em branco desde a primeira vez em que me senti sozinha. Sozinha de mim e não de pessoas. Acho que me perdi. Me perdi nesse imenso buraco negro de coisas frustrantes dentro de mim. Me perdi no sorriso que esqueci de sorrir. Não vou explicar, eu apenas me esqueci.
Olho lá fora e vejo pessoas com medo. Medo de estarem sozinhas, de não ter ninguém, de se perder. Vejo também pessoas ricas de sorrisos e ricas de companhias, enquanto eu me encaixo nas pessoas medrosas. Eu tenho medo sim, não tenho medo de dizer. Tenho medo de perder o que ainda não é meu e de principalmente me perder em mim.
Mas um dia as coisas entram em seus devidos lugares e as perguntas sem respostas se tornarão em perguntas concretas de coisas que eu vou saber o que significa.
Hoje, só sei que me sinto sozinha, e sinto falta de ter pessoas perdidas se achando em mim e vice versa. Me sinto sozinha diante de sorrisos amigáveis e mãos estendidas pra mim. É um reviravolta aqui dentro que se eu começasse a colocar tudo no lugar eu acabaria me enlouquecendo. Escolhi então ficar sã, só por hoje, do que ter uma tentativa vã de me achar nessa bagunça sem fim.

domingo, 2 de maio de 2010

Proíbido ser feliz.

É a insanidade que me fez assim. As circunstâncias irrelevantes me trouxeram a esse caminho que, independente dos machucados, decepções e afins, insisto em caminhar. Meus olhos já não são os mesmos, assim como a minha pele marcada por momentos de euforia ou tristeza que se colocada ao lado de um coração já tão machucado como o meu, todos poderiam ver as semelhanças. Marcas de amor, ódio, nostalgia e sonhos. É bom sonhar, não vou dizer que é ruim. Eu vivo mesmo é de sonhos e são raras as vezes em que me lembro deles. Não gosto de conselhos, não mesmo. Mas não vou dizer que faço tudo isso sozinha, porque eu não seria capaz.
Fotos no mural... Lembranças de sorrisos diversos e de pessoas diversas que já passaram por aqui. Não sou a única culpada se me perguntarem quem ainda está aqui dentro e eu responder que hoje são poucos. A transparência me fez assim, tão "na cara".
Mas o meu maior defeito é querer perdoar. Mas perdoar não significa usar uma máscara e ser eu mesma com certos 'alguéns'. Perdoarei, mas, em compensação eu também vou esquecer, me tornar indiferente quando eu estiver frente a frente com os fatos que um dia me fizeram fraca.
Estarei sempre me perguntando o porque e onde estão aquelas pessoas que um dia me seguraram quando eu estava prestes a cair. Cadê os sorrisos amigáveis que um dia me fizeram pensar que eu era a pessoa mais feliz do mundo? Onde estão os amigos de sempre que seriam pra sempre? O caminho os levou assim como as núvens evaporam a água. Mas tem um porém: As núvens devolvem a água quando precisamos matar a sede, tirar a poeira, refrescar. E agora, onde estão os amigos de sempre pra matar essa minha sede de vida? Quem vai tirar a poeira que pesa a minha alma, e com quem vou refrescar meu corpo suado num banho de mangueira num dia de Sol? Vai ver, me deixaram vir até esse mundo com um único trato que eu fiz mas não me lembro... O trato de ser proibido ser feliz. É, vai ver é assim.