domingo, 27 de dezembro de 2009

Em meus braços o espaço que sobrou do teu abraço, e em minhas mãos, punhos fechados pela dor de não poder sentir dor.
Eu acho que já não posso mais participar desse seu jogo, onde as regras favorecem somente a você enquanto eu perco, enquanto eu caio.
Eu acho que já não posso mais me colocar nessa luta, da qual o vencedor eu já sei bem quem é. Mas assim, eu não sou tão forte não, não sei seguir em frente tanto assim.
E eu acho que essa é a hora exata de dar o cheque mate e me descartar assim, em muitos pedaços, desse jogo que não parece mais ter um fim.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Eu estava intacta, paralisada, de olhos atentos e pensamento lá longe. Eu tinha os pés descaços mas não sentia frio. Tinha nas costas o peso do meu mundo, mas não me sentia exausta, mas não venha me perguntar como consegui isso, porque não saberei explicar.
Voltei ao meu mundo, olhei a toda volta, e só vi nostalgias. Senti cheiro de coisas que me lembraram coisas boas e coisas ruins ao mesmo tempo. Ouvi um som que fez com que eu me transportasse ao passado e ficasse por lá durante minutos que mais pareciam horas, e quando voltei, me deparei comigo mesma, sentada na calçada de uma rua vazia, tão vazia quando eu me encontrava, e é só.
Sou pequena. Tão pequena como uma chuva fina que quase não molha, e só fui perceber o quão minúscula sou, quando me deparei com a solidão. Me perdi em devaneios, e as divagações nada curtas me levaram a um lugar onde eu nem mesmo me conheço.
Me senti pequena assim, por ser pequena perto de tantas pessoas grandes de coração. Pessoas grandes, que se tornam cada vez maiores a cada dia, a cada amor, a cada sorriso.
Eu sou daquelas que a cada dia se torna ainda menor. Menor a cada sorriso não dado, a cada amor perdido no tempo, a cada coisa pequena que me torna ainda menor.
É, eu sou pequena, e fiquei ainda mais quando me senti grande. Quando achei que era a maior dentre todas as pessoas grandes. Mas eu não falo de tamanho não, falo de ser pequena de coração, pequena de querer bem... Mas não vou continuar, porque nisso, eu acho que sou um tanto quanto grande. Ou quem sabe, quase chego lá a cada dia.
Mas me sinto pequena, descartável, indiferente. E isso me machuca ainda mais.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

E agora vem dizer , morena, que voce não quer ser mais a minha pequena e que prefere dormir e acordar nos braços de um outro alguém. Sabe , eu sei que errei quando eu te escondi a verdade
e demorei , mas to aqui e a saudade não me deixou te esquecer, não é assim que tem que ser. O fogo da lembrança é o que me aquece, já fiz de tudo pra que um dia 'cê regresse, me declarei como se fosse em uma prece... e se eu pudesse faria voce feliz.
E agora vem dizer , morena, que voce não quer ser mais a minha pequena e que prefere dormir e acordar nos braços de um outro alguém. E agora eu vou dizer , morena, que o passado não é mais nenhum problema, estou fadada a sonhar acordada pensando em te ver sorrir.
E eu me lembro de nós duas juntas deitadas na sua cama, minha camisa te servia te pijama, e a gente ria sem parar , pensava em se casar. (Scracho - Morena)
Eu estou despencando por ladeiras e mais ladeiras sem nenhum arranhão, você não vê? Você não vê como me mostro ser forte? Não percebe o quão fraca eu posso me tornar se eu cair mais uma vez?
Essas ladeiras, esse tombo... nunca pareceram doer tanto visto de longe. Agora de perto, eu sei como vai doer, as cicatrizes que vão ficar, e os sonhos que vou recordar pra sempre.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Mais um cigarro, por favor? Acho que eu não posso mais aguentar essa pressão por muito tempo. Mais uma tragada e por ora, prometo me controlar. O passado está ali, encostado no presente e distante demais do futuro, e eu já não me conheço mais. É irônico, você não vê? A vida muda sem avisar e você sempre cai. E hoje eu prefiro enlouquecer do que ter que ficar perto do que é certo. Mais um cigarro... eu estou implorando, você não vê? Mais uma tragada, por favor? Para que a fumaça preencha o meu vazio, e eu prometo me controlar dessa vez.
Não é quem eu sou e sim como estou. O que passou não vai voltar... assim como quem eu costumava ser. Se mereci, não sei, mas não me vejo mais quando me encaro no espelho, e eu sei... é pecado de todo mundo não se conhecer.
Estou me descontrolando, e isso não me parece bom. Eu vou gritar bem alto e até quebrar algumas coisas somente pra ter uma tentativa vã e entender que eu não vou mudar. Eu vou cair de novo, e me iludir só por mais uma noite, e basta.

Felicidade Instantânea.

Fazia Sol há um ano atrás, e a garota de cabelos pretos que cobriam metade de seu rosto alvo e pálido estava sentada sozinha na janela de seu quarto. Não tinha reação alguma, nem pensamento algum. Não tinha tempo para pensar em mais nada, e nem nada para que pudesse reagir. Era feliz, e isso já bastava. Tinha certeza, e não havia tempo para se sentir com medo.
Não doía como costumava doer agora, mas foi sempre forte, porque sempre, sempre mesmo, ao invés de sentir dor, resolveu suspirar e sorrir logo em seguida. Um sorriso assim, de canto mesmo, mas sincero.
Ela sabia que errara uma vez na vida, sabia que não fez certo na maioria das vezes, e aceitava a condição de sentir dor. Ela não lutava contra isso. Era um castigo por ter sido assim, tão fria anonimamente. Era o preço que pagara e ainda paga, por um dia ter sido feliz demais.
Eu acredito, acredito, acredito... Na sinceridade das suas mentiras não sinceras.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Parei pra pensar e não pensei em nada. Quis entender algo sem explicação, e então continuei na mesma. Continuei quieta, aflita, curiosa. Eu quis encontrar olhos pra olharem nos meus olhos e mãos para segurarem as minhas mãos, e não encontrei nada.
É tudo um nada, e o nada, se torna tudo se compreendermos que de que no meio de tudo, somos apenas nada.
Eu parei pra pensar, quis entender, e continuei na mesma. Continuei feliz por não entender mesmo entendendo. Fiquei bem pelo simples fato de ser nada no meio de tudo, mas, ser tudo o que me faz ser eu mesma. E então achei olhos que olhassem nos meus olhos, e mãos pra segurarem as minhas mãos. Aí, fiquei em paz.

sábado, 12 de dezembro de 2009



Hey, garota, nem se passa pela sua cabeça que você faz com que meus disturbios mentais se evoluam mais rápido que de costume? É alguma droga, ou um tipo de magia que você possui? Você me ganha quando quer ganhar, mas não me perde nunca, mesmo que queira.
Garota, eu não sou normal, e muito menos perfeita demais pra chegar até a imperfeição, mas eu posso ser o seu sufuciente, mas por favor, não me deixe louca.
Você sabe, e se não sabe, finja pelo o menos que sabe alguma coisa sobre mim. Tenho disturbios emocionais que oscilam de acordo com o modo como você me olha.
Você sorri, eu chego ao céu, se fecha a cara, eu vou cair; então entenda, e se não consegue entender, finja que entende o modo como eu me sinto quando não está aqui.
Hey, gatora, eu tenho disturbios mentais e emocionais, não tenha cuidado, bom, é quando faz mal, mas, eu não quero te fazer mal, não hoje... não nunca.