segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Faz parte do ciclo do qual todos devemos passar. É a mudança que nos move daqui até o lugar onde desejamos estar. Crescer, dizendo assim, não me parece tão difícil... Mas a prática é bem mais traiçoeira do que a teoria. Ela nos testa, nos afoga num mar de ilusões do qual aquele que consegue sair intacto, mesmo assim acaba tendo as suas cicatrizes.
Mas é preciso. É como respirar. É umas das peças chaves que nos mantém vivo. É o segredo da mudança, do esquecimento, e dos sonhos, dos quais ainda não desvendei por inteiro.
É como um amor que brota no começo do dia e vai florescendo até murchar quando ficamos mais velhos. Alguns cansam enquanto outros aguentam. Aqueles que se cansam cedo demais, são os que tiveram sede demais de amor. Aqueles que correram atrás do amor pra que ele chegasse. Aqueles que - em vão - tentaram explicá-lo em palavras, mesmo sabendo que, se as palavras humanas são capazes de desvendar o traduzir tal sentimento, quer dizer que não é amor.
Prefiro não ter certeza, beber de gole em gole e matar minha sede aos poucos. Prefiro andar em passos calmos e seguros, do que correr atrás daquilo que chega sozinho. Honestamente, prefiro os que aguentam, e desprezo aqueles que desistem.
Devolve aquela minha TV que eu vou de vez.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Colocarei algumas vírgulas em nossas conversas pra que eu não atropele as palavras e acabe me confundindo comigo mesma. Colocarei reticências em minhas loucuras de amor para que sempre possa vir algumas outras loucuras mais loucas pela frente.
É como uma droga viciante que eu me viciei. Me viciei apenas de olhar. Não faz mal, não me mata, não acaba comigo num sentido concreto e literal, mas me incendeia por dentro num modo abstrato de dizer que sou tão pequena e fraca pra tanta coisa grande dentro de mim. Prefiro assim: Pequena e de grande coração. Fraca, mas com grandes emoções.
Posso me perder ao te achar em mim, mas me encontro em você por estar assim tão perto. Pode não ser físico, mas está dentro do mais profundo e - por vezes - mais escuro oceano que me afoga de amor e me mata. Te tenho perto, te amo, e me amo em você... Mas isso não chega nem aos pés do que está por vir. Não chega nem aos pés do quão divino e infinito possa se tormar. E não se pode comparar nem com as infinitas estrelas do céu, nem mesmo com os dias que nunca tem fim.
É tão maior que o horizonte visto logo atrás do mar. É tão maior que o céu que não se pode achar o seu começo e nem o seu fim, não se pode nem ao menos contar os passos, porque os números nunca acabam, assim como esse amor.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Um misto de raiva, ciúme, maldade e irônia. Há loucuras, desencontros, discuções, e então, eu chego por um momento ao ponto de perder a fé. Às vezes acho o amor estranho, feio, sujo, sufocante. Outras vezes ele é tudo que eu posso ter, mas mesmo assim, sufoca, não sei lidar, não sei carregar porque ele se torna pesado. Pesado e divino.
Eu me exalto, te critico, me esqueço. Mas logo eu me lembro. Me lembro que a exaltação me faz estranha, e as críticas não são nada perto das qualidades que tem. Eu me perco, me acho, me confundo, mas depois tudo se acerta, tudo volta ao lugar.
Eu tenho uma séria dificuldade de permanecer, mas permaneço. Uma grande dúvida de como se continua presente mesmo estando longe. É loucura, eu sei, mas também sou calma.
Tem dias em que dentro de mim só há noite, mas nos outros o Sol chega queimando e me fazendo suar de amor. Amor quente, frio, amor bipolar. Bipolar e maior que eu, de fato. E grande, tão maior que o mundo.