quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

2011 como qualquer outro ano.

É algo a ser repensado. Sempre começamos um ano fazendo promessas, quebrando taças e bebendo demais. Começamos um ano achando que tudo continuara normal, tudo será lindo e com aquela pitadinha de imperfeição.
Começamos o ano do numero um. Achamos que teremos 365 dias para errar, mais 365 dias pra perdoar, 365 chances de reverter seja lá qual for a situação, logo, passamos 365 dias enganados. Enganados por quê? Porque pelo egoísmo de querer viver o hoje, esquecemos que o amanhã pode estar longe e ao mesmo tempo tarde demais. Tarde demais por não sabermos se estaremos aqui ainda, ou se aquela pessoa que falhou com a gente ainda está presente para que a gente possa perdoar ou simplesmente chegar e falar um oi. Tarde demais para rever as coisas que deixamos para o amanhã só por querer viver o hoje sem preocupações. Mas amanhã pode dar tempo?
Às vezes deixamos para amanhã apenas pelo conforto de saber que algo irá ocupar o nosso dia, que teremos algo pra pensar, algo para errar ou para apenas arrumar. Mas e se o amanhã sumir do mapa e levar até mesmo o tédio com ele?
Muitas pessoas pedem a pessoa amada em casamento, e deixam pra marcar a data amanhã. Eu já me casaria na mesma hora que eu recebesse o sim; vai que o padre resolve tirar férias num návio e vá conhecer o Hawaii justamente amanhã?
E quando você sonha com um animal, tem a chance de jogar no jogo do bicho e ficar milhonário, mas deixa pra ir no jogo amanhã de manhã? Amanhã já pode ter saído o prêmio e seu vizinho pode ter virado um milhonário, enquanto você fica por um bom tempo se mordendo de inveja dele.
Anunciaram o emprego dos seus sonhos no jornal, você lê, se entusiasma, mas deixa pra visitar a agência na semana que vem pois tem que pedir demissão no seu emprego primeiro. Amanhã a empresa pode ter falido por falta do funcionário que só você poderia substituir.
Você acorda com uma gripe, acha que é pouca coisa e que um banho quente vai ajudar a resolver o seu problema, e diz que se piorar, amanhã você vai ate o hospital. Aí chega de madrugada, você tem uma hipotermia e acaba morrendo. Valeu a pena trocar a fila do hospital pelo conforto da sua casa?
Você tem a pessoa dos seus sonhos ao seu lado e, de repente, alguma palavra, gesto, irritação ou até mesmo um esbarrão causa uma briga. Você diz que a odeia, que não quer mais ver a sua cara e que tudo acabou. Vai embora, bebe, passa mal e essa pessoa se fecha para o mundo. Você não quer perdoá-la agora, diz que está machucada demais e até mesmo que todo aquele respeito acabou. Aí no dia seguinte você acorda, tem vontade de falar com ela, a procura, e ao abrir o seu email você tem uma notícia.
A pessoa foi embora do país ou até mesmo do mundo, e não há meios para que você possa telefonar, pedir desculpar ou simplesmente perdoar. Aí você pensa no padre que viajou pro hawaii bem no dia do seu casamento; no jogo do bicho que você deixou para apostar amanhã; na sua hipotermia que poderia ser apenas uma simples gripe, e no adeus que você nunca pode dar.
É sempre assim, os dias correm depressa e deixamos eles irem sem levarem nada da gente. É aí que pensamos nas promessas, nas palavras não ditas e nas palavras que não precisavam ser ditas e que dizemos. Pensamos em como somos egoístas a ponto de pensar apenas em nós mesmos e não se importar se fulano tá bem, sicrano tá mal, se o João vai se casar com a amante e deixar a mulher com seus três filhos ou se a Maria é a única corajosa a ponto de dar a vida pela gente.
Aí sim, no próximo ano, teremos 365 dias de imenso vazio. De imensa vontade de voltar ao passado e ter feito tudo diferente. Aí, nessa hora, queremos fazer tudo de uma só vez, só que não adianta, pombos correios não viajam do ocidente até o oriente e tampouco atravessam o céu.
... Eu estava intacta, observando cada detalhe; que detalhes? perguntei a mim mesma, sem resposta. Eu tinha olhos curiosos e com medo, eu não era o bastante no início pra ser capaz de encarar tais olhos amendoados que teimavam em me ganhar.
Tive coragem, enfim, de encarar-lhe. Tive coragem de levar as minhas mãos até as suas, então, recebi algo divino. Pela primeira vez na vida tive o mundo em minhas mãos, e a novidade é: Não tinha peso algum, era leve como uma pena que levanta voo depois de uma pequena brisa que passou pelo terreno pra refrescar.
Eu tinha o mundo em minhas mão, frágil, leve, puro. Não sei se foi o movimento improvisado ou a falta de atenção que o fez cair. Talvez estava liso demais e esgorregara pelos dedos. Talvez ele tenha pulado e se espatifado no chão. Talvez me mexi muito e por descuido deixei-o cair.
Agora aflita, sufocada e desesperada, tento remendar cada pedaço que encontro por onde passo. Tento incansávelmente consertá-lo e deixá-lo inteiro, para que aqueles olhos, aquele sorriso despedaçado, aquelas mãos suaves e ágeis sejam, se novo, o meu mundo.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

"O que tiver de ser, será." Isso mata, sabia? É pior que ácido injetado nas veias, deve ser pior que cocaína no dia seguinte. O nariz sangra, não é? Então, a alma grita, se desespera, pede por mais. Mais o que? Mais palavras esperançosas das quais, são incertas e inseguras. E tudo o que é incerto me satisfaz. Não sei, deve ser pelo fato dos cinquenta por cento. Cinquenta por cento sim, e cinquenta por cento não; enquanto eu fico ali no meio, esperando um dos dois, o favorável e o desfavorável abrir caminho.
Aquele que me deixar entrar, já vou dizendo, vou embarcar. Caso seja os cinquenta por cento desfavoráveis, a minha teimosia vai fazer com que fique favorável, sabe? Mas enquanto isso eu preciso descansar. Preciso de uns 50 ml de fluoxetina pra acalmar os nervos, e umas três doses de anestésico para a alma, alguém aí poderia me arrumar? Ou será que vou precisar furtar um sorriso seu pra eu tomar várias doses que sejam capazes de fazer efeito por vários dias?

domingo, 5 de dezembro de 2010

Todas as formas de amor são consideradas válidas, desde que não haja um coração partido.

Não sejamos ridículos; quem escolheria a homossexualidade se pudesse ser como a maioria dominante? Se a vida já é dura para os heterossexuais, imagine para os outros.
A sexualidade não admite opções, simplesmente se impõe. Podemos controlar nosso comportamento; o desejo, jamais. O desejo brota da alma humana, indomável como a água que despenca da cachoeira.

Mais antiga do que a roda, a homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto a heterossexualidade. Reprimi-la é ato de violência que deve ser punido de forma exemplar, como alguns países o fazem com o racismo.

Os que se sentem ultrajados pela presença de homossexuais que procurem no âmago das próprias inclinações sexuais as razões para justificar o ultraje. Ao contrário dos conturbados e inseguros, mulheres e homens em paz com a sexualidade pessoal aceitam a alheia com respeito e naturalidade.

Negar a pessoas do mesmo sexo permissão para viverem em uniões estáveis com os mesmos direitos das uniões heterossexuais é uma imposição abusiva que vai contra os princípios mais elementares de justiça social.

Os pastores de almas que se opõem ao casamento entre homossexuais têm o direito de recomendar a seus rebanhos que não o façam, mas não podem ser nazistas a ponto de pretender impor sua vontade aos mais esclarecidos.

Afinal, caro leitor, a menos que suas noites sejam atormentadas por fantasias sexuais inconfessáveis, que diferença faz se a colega de escritório é apaixonada por uma mulher? Se o vizinho dorme com outro homem? Se, ao morrer, o apartamento dele será herdado por um sobrinho ou pelo companheiro com quem viveu por 30 anos?


Parte de um texto feito por Drauzio Varela.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A falta.

Veja bem, não é exagero não, é só meu coração que te chama pra perto.
Olha só, não briga não, a culpa não é nossa se o vento muda a direção.
Ei, espere aí, não vem com essa de me mandar sair daqui, porque eu não vou.

Pára, 'cê sabe que não é drama, não sou criança, mas meu coração é bem novo.
Moça, hoje eu vivi uma coisa estranha, é uma solidão tamanha e tanta coisa que preciso fazer.
Presta atenção, hoje fui na padaria comprar pão e quase trouxe pra casa um sonho.
Que novidade, tenho hoje que estudar, mas aí falta tempo pra procurar emprego,
ganhar dinheiro pra gente casar.

Então vem cá, senta, deixa eu te contar sobre o meu dia turbulento.
Sabe o Rio de Janeiro? Aquele caos eu que causei,
Causei sim, porque pensei que não haveria tempo nesse dia tão corrido pra pensar na moça.

Matei gente que dizia que você não ia aparecer,
Queimei os ônibus que não me levariam até você.
Queria mesmo é explodir a ponte do Rio Niterói, de nada ela me serve, não é caminho até você.

Nossa, nem te contei.
O dia foi corrido, e todo mundo quando me viu, correu.
Eu tava feia, andava torta e desarrumada.
Cigarro na boca pra bronzear os pulmões. Óculos escuros pra esconder a insônia.

Mas moça, meu coração bateu a cada instante.
E por mais que esse dia tenha sido estressante, eu pensei em você.
Na verdade, eu só pensei em você, o resto eu causei sem pensar.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Só peço que me entendas...

Eu só queria dizer que me dói quando se faz silencio e você se distancia. que esses pensamentos me agridem de uma forma que eu não sei me proteger.
Queria dizer que na vida, quase tudo não é certo, e eu me machuco a cada coisa que tento acertar e acabo errando.
Eu queria falar que eu me sinto perdida na maioria das vezes por não poder te agradar em tudo;
e por não poder estar em todos os lugares que deseja ir.
Entenda, não é tão fácil mas também não há porque ser tão difícil assim. Não buscarei uma perfeição, e estou longe de encontrá-la, mas eu posso tentar pelo meu melhor.
Eu posso sorrir se desejas. Posso beijar com o mais doce beijo quando precisar. Posso ser fogo, ser gelo, ser silêncio. Sou mutável, vivo mudando... Eu só peço que me entendas...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

My soul, my soul mate!


Não se esqueça de você, não se esqueça da alma, e muito menos do fato de que se tem um coração, e ele está vivo. Ele bate forte e a alma sente. A cabeça se confunde e os pensamentos chegam todos juntos. E o que pensar? O que sentir? Qual é a certeza? Não há o que pensar, e não há certeza nenhuma quando o coração arde, acelera, corre dentro de você. Ele dá voltar e voltas como se houvesse uma montanha-russa desgovernada correndo por cada centímetro do corpo. A gente chega a perder o ar e por quase um segundo não sentimos nossas pernas. Perdemos a direção, a razão e tudo que há de ruim dentro de nós se vai.
E aí a gente olha no espelho com cara de quem não quer nada procurando uma explicação e não encontramos nenhuma. Explicação? Também não existe.
Aí apelamos pra um copo de vinho ou de pinga mesmo, que seja, pra ver se conseguimos entender. Mas não há entendimento também.
Perdemos o sono, a fome, tudo... Porque é entusiasmo demais! É um frio muito frio no estômago. São milhares de borboletas rebeldes batendo asas dentro da gente. Aí a gente consegue pensar, sentir, encontra a certeza, a explicação e começa a entender o que se passa dentro da gente; e é bem simples, bem puro, bem pra sempre.


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Faz parte do ciclo do qual todos devemos passar. É a mudança que nos move daqui até o lugar onde desejamos estar. Crescer, dizendo assim, não me parece tão difícil... Mas a prática é bem mais traiçoeira do que a teoria. Ela nos testa, nos afoga num mar de ilusões do qual aquele que consegue sair intacto, mesmo assim acaba tendo as suas cicatrizes.
Mas é preciso. É como respirar. É umas das peças chaves que nos mantém vivo. É o segredo da mudança, do esquecimento, e dos sonhos, dos quais ainda não desvendei por inteiro.
É como um amor que brota no começo do dia e vai florescendo até murchar quando ficamos mais velhos. Alguns cansam enquanto outros aguentam. Aqueles que se cansam cedo demais, são os que tiveram sede demais de amor. Aqueles que correram atrás do amor pra que ele chegasse. Aqueles que - em vão - tentaram explicá-lo em palavras, mesmo sabendo que, se as palavras humanas são capazes de desvendar o traduzir tal sentimento, quer dizer que não é amor.
Prefiro não ter certeza, beber de gole em gole e matar minha sede aos poucos. Prefiro andar em passos calmos e seguros, do que correr atrás daquilo que chega sozinho. Honestamente, prefiro os que aguentam, e desprezo aqueles que desistem.
Devolve aquela minha TV que eu vou de vez.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Colocarei algumas vírgulas em nossas conversas pra que eu não atropele as palavras e acabe me confundindo comigo mesma. Colocarei reticências em minhas loucuras de amor para que sempre possa vir algumas outras loucuras mais loucas pela frente.
É como uma droga viciante que eu me viciei. Me viciei apenas de olhar. Não faz mal, não me mata, não acaba comigo num sentido concreto e literal, mas me incendeia por dentro num modo abstrato de dizer que sou tão pequena e fraca pra tanta coisa grande dentro de mim. Prefiro assim: Pequena e de grande coração. Fraca, mas com grandes emoções.
Posso me perder ao te achar em mim, mas me encontro em você por estar assim tão perto. Pode não ser físico, mas está dentro do mais profundo e - por vezes - mais escuro oceano que me afoga de amor e me mata. Te tenho perto, te amo, e me amo em você... Mas isso não chega nem aos pés do que está por vir. Não chega nem aos pés do quão divino e infinito possa se tormar. E não se pode comparar nem com as infinitas estrelas do céu, nem mesmo com os dias que nunca tem fim.
É tão maior que o horizonte visto logo atrás do mar. É tão maior que o céu que não se pode achar o seu começo e nem o seu fim, não se pode nem ao menos contar os passos, porque os números nunca acabam, assim como esse amor.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Um misto de raiva, ciúme, maldade e irônia. Há loucuras, desencontros, discuções, e então, eu chego por um momento ao ponto de perder a fé. Às vezes acho o amor estranho, feio, sujo, sufocante. Outras vezes ele é tudo que eu posso ter, mas mesmo assim, sufoca, não sei lidar, não sei carregar porque ele se torna pesado. Pesado e divino.
Eu me exalto, te critico, me esqueço. Mas logo eu me lembro. Me lembro que a exaltação me faz estranha, e as críticas não são nada perto das qualidades que tem. Eu me perco, me acho, me confundo, mas depois tudo se acerta, tudo volta ao lugar.
Eu tenho uma séria dificuldade de permanecer, mas permaneço. Uma grande dúvida de como se continua presente mesmo estando longe. É loucura, eu sei, mas também sou calma.
Tem dias em que dentro de mim só há noite, mas nos outros o Sol chega queimando e me fazendo suar de amor. Amor quente, frio, amor bipolar. Bipolar e maior que eu, de fato. E grande, tão maior que o mundo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Acendo o cigarro e ligo a TV. Nada mais me fascina ou me prende a atenção. Eu só vejo ela. Os meus olhos só querem enxergar ela e mais nada. E de fato, é só isso que eu desejo.
Perdê-la de vista já seria um passaporte limitado e com tudo págo até o caos.
O cigarro, enfim, termina. Meu coração bate tão forte quanto a colisão de dois caminhões pesados e em alta velocidade.
Isso me sufoca, me machuca, me acalma, rouba meu pequeno e ultimo fio de vida... E é apenas isso que eu desejo, ela, e nada mais... Sempre.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Vou te levar pra dar uma volta em meu mundo. Te mostrar os pontos de estratégia pra se aproximar e se entregar enquanto eu te afasto dos passados que eu sei que vão acabar te virando de cabeça pra baixo.
Você conhecerá o que é defeituoso e correto de acordo comigo. Vai ver o que me deixa com os nervos a flor da pele e saberá me acalmar logo em seguida.
Você pode ficar uns dias aqui se quiser. Pode dar umas voltas pelos meus pensamentos. Mas eu só peço que não fume aqui. Há nicotina demais em meus pulmões e eu não quero que elas fiquem impregnadas em meu sistema nervoso. É loucura demais. É fumaça de mais. São coisas demais que eu preciso aprender e entender, mas eu não vejo saída, socorro! E eu vou gritar, mas eu peço que me entenda e não se assuste.

Construa uma casa, abra um negócio e ganhe dinheiro. Fique por aqui por mais tempo. Aproveite, meu mundo não é tão assim, aberto pras pessoas, mas não sou eu quem dá as regras, me entenda; então, se ele te escolheu pra ficar, fique, não se arrependa, mas também não vá embora. Eu cansei de tentar mudar o meu mundo sem alguém que me segure as mãos e diga que tudo vai ficar bem. E bom, agora eu tenho você... E te pergunto: Por quê não fica mais um pouco?

sábado, 8 de maio de 2010

A mais forte de todas as mulheres.

Teve o peso do mundo em suas costas e todas as dificuldades da vida em suas mãos. Poderia ela jogar tudo pro alto, botar tudo a perder, mas ela escolheu diferente. Se deparou com a miséria de espírito algumas vezes na vida e com pessoas pobres de coração também, mas nunca desistiu de seus ideias. Lutou, brigou com o mundo. Caiu muitas vezes mas se levantou mais forte. Teve os olhos pesados devido às noites mal dormidas, mas nunca se demonstrou cansada. Sempre em frente, sempre dando a cara a tapas e sempre forte.
E falando em olhos, já os teve molhados de lágrimas de arrependimento, tristeza, e muitas vezes também chorou de felicidade. Vê a vida como ela é, e de uma maneira que só ela consegue ver. Vê graça nas coisas mais simples da vida, mas se irrita às vezes com elas. Fica horrorizada ao ver uma tragédia na TV, mas também se sente aliviada ao me ver chegando viva em casa. Seus olhos enxem de alegria ao me dar um beijo de boa noite ou um beijo de bom dia.
Ela não é fraca, forte demais se for ver pelo seu tamanho. Tem seus sonhos, suas dúvidas sobre a vida, sobre pra onde vamos, mas está sempre certa do que quer fazer.
Entende dos pequenos aos grandes problemas e aceita a condição de eu ser assim como eu sou. Sabe respeitar meus pensamentos, meus sentimentos, e sabe até puxar minha orelha quando estou errada. Aliás, nunca disse que eu estava errada, mas sempre me mostrou o caminho certo em que devo andar. Eu sou eu mesma pra ela, e ela é ela mesma pra mim.
Os seus defeitos que se espelham nos meus defeitos idênticos aos dela acaba nos irritando e nos fazendo brigar, mas no fim das contas tudo sempre vai acabar com gargalhadas e piadinhas sem graça que vão nos matar de rir.
Está sempre ao meu lado, mesmo quando não está por perto. Está sempre me apoiando, até mesmo quando não mereço apoio algum. Ela é fechada às vezes, mas talvez isso seja apenas um motivo pra mostrar que ela realmente se importa.
E ela, bom, ela se chama Maria, Lurdinha, Lurdes, Diva, Mãe... como você achar melhor chamá-la. Eu a chamo de mãe, meu porto seguro, meu muro de maravilhas e meu baú onde guardo todo o amor que dentro de mim pode haver.
E eu, bom, eu só tenho que agradecer por você ser assim, tão fantástica, tão cabeça, e tão VOCÊ.
Obrigada mãe, por nunca ter me julgado, por nunca ter me tirado tudo aquilo que me faz bem. Por me aceitar assim como eu sou e por respeitar o meu jeito de ser. Eu te amo.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Enfim, só. Ou melhor dizendo, infelismente só. Eu não gosto dessa coisa de vai e vem de pessoas que a vida me propôs. Não gosto nada, e não há nada, nem dinheiro algum que me faça gostar disso.
São tardes coloridas que se passaram em branco desde a primeira vez em que me senti sozinha. Sozinha de mim e não de pessoas. Acho que me perdi. Me perdi nesse imenso buraco negro de coisas frustrantes dentro de mim. Me perdi no sorriso que esqueci de sorrir. Não vou explicar, eu apenas me esqueci.
Olho lá fora e vejo pessoas com medo. Medo de estarem sozinhas, de não ter ninguém, de se perder. Vejo também pessoas ricas de sorrisos e ricas de companhias, enquanto eu me encaixo nas pessoas medrosas. Eu tenho medo sim, não tenho medo de dizer. Tenho medo de perder o que ainda não é meu e de principalmente me perder em mim.
Mas um dia as coisas entram em seus devidos lugares e as perguntas sem respostas se tornarão em perguntas concretas de coisas que eu vou saber o que significa.
Hoje, só sei que me sinto sozinha, e sinto falta de ter pessoas perdidas se achando em mim e vice versa. Me sinto sozinha diante de sorrisos amigáveis e mãos estendidas pra mim. É um reviravolta aqui dentro que se eu começasse a colocar tudo no lugar eu acabaria me enlouquecendo. Escolhi então ficar sã, só por hoje, do que ter uma tentativa vã de me achar nessa bagunça sem fim.

domingo, 2 de maio de 2010

Proíbido ser feliz.

É a insanidade que me fez assim. As circunstâncias irrelevantes me trouxeram a esse caminho que, independente dos machucados, decepções e afins, insisto em caminhar. Meus olhos já não são os mesmos, assim como a minha pele marcada por momentos de euforia ou tristeza que se colocada ao lado de um coração já tão machucado como o meu, todos poderiam ver as semelhanças. Marcas de amor, ódio, nostalgia e sonhos. É bom sonhar, não vou dizer que é ruim. Eu vivo mesmo é de sonhos e são raras as vezes em que me lembro deles. Não gosto de conselhos, não mesmo. Mas não vou dizer que faço tudo isso sozinha, porque eu não seria capaz.
Fotos no mural... Lembranças de sorrisos diversos e de pessoas diversas que já passaram por aqui. Não sou a única culpada se me perguntarem quem ainda está aqui dentro e eu responder que hoje são poucos. A transparência me fez assim, tão "na cara".
Mas o meu maior defeito é querer perdoar. Mas perdoar não significa usar uma máscara e ser eu mesma com certos 'alguéns'. Perdoarei, mas, em compensação eu também vou esquecer, me tornar indiferente quando eu estiver frente a frente com os fatos que um dia me fizeram fraca.
Estarei sempre me perguntando o porque e onde estão aquelas pessoas que um dia me seguraram quando eu estava prestes a cair. Cadê os sorrisos amigáveis que um dia me fizeram pensar que eu era a pessoa mais feliz do mundo? Onde estão os amigos de sempre que seriam pra sempre? O caminho os levou assim como as núvens evaporam a água. Mas tem um porém: As núvens devolvem a água quando precisamos matar a sede, tirar a poeira, refrescar. E agora, onde estão os amigos de sempre pra matar essa minha sede de vida? Quem vai tirar a poeira que pesa a minha alma, e com quem vou refrescar meu corpo suado num banho de mangueira num dia de Sol? Vai ver, me deixaram vir até esse mundo com um único trato que eu fiz mas não me lembro... O trato de ser proibido ser feliz. É, vai ver é assim.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Eu vi a cara da morte e ela estava viva, viva!

Adrenalina, suor... me faltou o ar. O vento, cabelos bagunçados, medo. A voz que não queria sair, mesmo que eu me esforçasse. E só depois daí, consegui enxergar o quão bom é estar viva. O quão bom é poder respirar, o quanto é bom não sentir medo.
Cansei de adrenalina, de emoção... cansei de correr do perigo. Cansei de procurar por perigo pra me sentir viva. Cansei de me matar pouco a pouco a cada dia, de me esquecer, de esquecer como é bom estar viva.
E a única coisa que se passava na minha cabeça era... Será que morrer dói?