sexta-feira, 25 de março de 2011

Barbantes e alguns sonhos filtrados.

Com um pouco de cipó, comecei a construí-lo. E eu vou falar baixinho para que ninguém descubra tais segredos. Vou dizer baixinho porque, bom, vocês entendem, são ossos do ofício e isso pertence a cada um de nós. Não importa se a cor for viva ou berrante, se for grande ou pequeno, bonito ou apenas aceitável, foi feito com as suas próprias mãos então se orgulhe, você não é apenas o desperdício de espaço que acha que é.
Depois vieram os barbantes. Coloridos, bem coloridos mesmo. Fiz um reggae juntando suas cores e comecei a dar os nós. Alguém sabe o significado dos nós? Eu não sei, mas significa algo pra mim.
Terminou? Bom, está na hora dos retoques finais. Algumas penas, uma ou duas sementes, e esta pronto. O passo final é sonhar.

É quase assim: Sonhe, deixe que os sonhos cheguem, sendo eles bons ou maus, permita que eles tomem conta de você, afinal, eles serão filtrados.
Eu construí meu próprio filtro, demorou, mas está pronto. Já posso sonhar, todas as noites eles são filtrados e chegam até mim como coisas boas. E bem, eu preciso agora agradecer. Você é o meu filtro dos sonhos, tão leve e cheia de cores que até me cega quando bate o vento e suas sementes se movem.
Sobrou um barbante, e fizemos algo como um anel. Tem gente que ri, eu apenas sorrio toda vez que o vejo.

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